segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Pesquisa Consult/Fiern mostra que a saúde tem pior nota entre os serviços públicos

00Saúde pública piorou no RN nos últimos anos e a recuperação é lenta (Foto: Cledson Medeiros/cledsonmedeiros.com)

A maioria da população do Rio Grande do Norte tem uma percepção de que o poder de compra da família piorou nos últimos meses, teme perder o emprego, não acredita que o Brasil vai superar a crise em um prazo de um ano, considera os partidos políticos como instituições menos confiáveis, as religiões como a que têm mais credibilidade e, na avaliação dos serviços públicos, atribui a pior nota à saúde pública e a melhor à coleta de lixo.

Essas são algumas das principais constatações da pesquisa de opinião pública feita pela Consult para a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (Fiern), com uma “análise dos serviços públicos no Rio Grande do Norte”. No levantamento, 78,4% dos entrevistados apontaram uma piora, nos últimos meses do poder de compra da família, enquanto 8,1% afirmaram que houve uma melhora e 13,5% afirmaram que não teve alteração na capacidade de consumo.

Na segmentação dos dados regionalmente, essa avaliação de queda de renda é maior em Mossoró, onde 91,3% apontaram uma redução do poder de compra, ante 6,7% afirmam não houve mudança. Em Natal, 78,8% consideram que houve redução da capacidade de consumo e 13,8% não identificou variação.

O temor de perder o emprego atinge 50,7% dos norte-rio-grandenses, segundo a pesquisa Consult. Entre os entrevistados, 46,1% não temem o desemprego e 3,3% não tem opinião formada sobre o assunto. Na região do Seridó, há um medo maior com possível demissão: 65%, enquanto 30,6% dos que foram ouvidos nos municípios nessa área não se preocupam com o tema.

A pesquisa Consult também perguntou sobre a expectativa com relação à possibilidade ao país sair da crise. Para 74.4% dos que responderam, o Brasil não superará a atual situação no prazo de um ano. Acreditam que há possibilidade de uma solução para a crise em doze meses 16,7% e 7,2% afirmaram não saber dizer. O maior percentual dos céticos no que diz respeito às chances de uma solução para a crise está na região Central /Potengi (83,3%). E apenas no Seridó o índice dos que acreditam em uma solução em um prazo de até um ano está ligeiramente inferior a 60 pontos (59%).

A sondagem da Consult, feita para a Fiern, aplicou alguns questionários a partir dos quais é possível identificar como a população classifica a atuação de algumas instituições. O trabalho da Polícia Militar é avaliado como regular por 38,4%. Há ainda os que avaliam o trabalho da PM como bom (19,9%), ruim (19,3%), péssimo (14,8%) e ótimo (1,5%). Responderam “não sabe” 6,1%. O percentual mais expressivo do que classificam como péssimo do trabalho da PM está na região Litoral Norte/Mato Grande, onde essa avaliação foi feita por 28,2%. Na região do Seridó, a atuação dos policiais militares teve 34% de bom, o índice mais expressivo do Estado.

Alguns serviços públicos também foram avaliadores com notas de satisfação que variaram de 0 a 10. A coleta de lixo foi o serviço com a média mais alta, atingindo 7,1 pontos. Em seguida, ficaram iluminação de ruas e praças, com nota média 5,8; limpeza de ruas e calçadas, média de 5,7; e serviço d´água, com 5,3. Alguns serviços tiveram notas abaixo de cinco pontos: escolas públicas (4,7), transporte público (4,5), serviço de esgoto (4,2), gestão de trânsito na cidade (3,8). Os dois serviços públicos que tiveram piores avaliações foram: segurança pública, com 3,4 pontos de média; e saúde, a mais baixa avaliação, com 3,1.

Com relação ao grau confiança de algumas instituições, as religiões ficaram em primeiro lugar. Dos entrevistados 73,8% afirmaram que confiam nas religiões, enquanto 23,5% não confiam e 2,7% não sabem. Os partidos políticos têm o mais baixo percentual de credibilidade, uma vez que apenas 5,5% dos entrevistados afirmaram que confiam nessas instituições e 92,1% confiam (2,4% não sabem). O Congresso Nacional tem a confiança de 11,8% dos norte-rio-grandenses, enquanto 83,6% afirmam que não confiam na Câmara dos Deputados e no Senado. Neste item, 4,6% não responderam.

As Forças Armadas têm um expressivo percentual de credibilidade (60,9% confiam, 32,9% não confiam e 6,3% não sabem). O Ministério Público aparece os índices próximos: 41,9% confiam e 48,2% não confiam (9,9% não sabem).

Na resposta sobre as entidades empresarias, afirmam que confiam 33,4% e que não confiam 54,6%, enquanto 12% não sabem. Ao responderem sobre os sindicatos dos trabalhadores, 53,5% disseram que não confiam e 38,5 confiam nessas entidades (8,1% não sabem). Os movimentos como MST não têm credibilidade para 73,9% e para 16,5% são confiáveis. As ONG’s também foram avaliadas (47,8% não confiam, 35,4% confiam e 15,8 não sabem), o Poder Judiciário (44,2% não confiam, 47,2% confiam e 8,4% não sabem).

Os meios de comunicação têm a credibilidade da maioria da população do Rio Grande do Norte: 62,9% confiam e 30,2% não confiam. O trabalho da imprensa também é considerado importante por 57,2%, muito importante por 37,1%, pouco importante por 4,5% e não tem opinião formada 1,1%.

A pesquisa da Consult foi feita para a Fiern com o objetivo de orientar ações estratégicas de atuação e mercado para a instituição. A área de abrangência foi formada pela população adulta do Rio Grande do Norte, distribuída em toda área geográfica do Estado, representada por 50 municípios em dez regiões. Foram aplicados 1.500 questionários entre os dias 2 e 3 de setembro de 2015.

Fonte: Fiern

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Jornalista do jornal O Mossoroense, redator do noticiário matinal “Costa Branca em Notícias”, da Rádio Costa Branca – FM 104,3 de Areia Branca (RN), onde aos domingos apresenta o programa de variedades “Domingão da 104”

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