Em Areia Branca os jovens têm uma vida mais ativa em função dos muitos eventos festivos realizados na cidade  

Com apoio do Ministério Público e da polícia, o Conselho Tutelar de Areia Branca está desencadeando uma operação que na verdade começou tarde: a proibição de menores sem as presenças dos pais ou responsáveis, em eventos festivos fechados. Numa “batida” no último final de semana, os conselheiros flagraram meninos e meninas em ambientes nada saudáveis (nem aconselháveis) para as idades dos mesmos.

Se tem um culpado nessa história, com certeza não são os proprietários desses ambientes, mas os pais desses jovens “sem freio”, que ainda nem tiraram a catinga do mijo e já acham que são donos dos seus próprios passos.

Indiretamente, sim, os promotores de eventos festivos têm lá sua parcela de culpa, pois devem ser mais vigilantes e rígidos na fiscalização. O que infelizmente não tem nas casas de shows da cidade.

Para alegria de uns e insatisfação de muitos, o Conselho Tutelar está cumprindo o seu papel. Fazendo aquilo que é função dos pais: cuidar dos seus filhos.

Em Areia Branca é comum se deparar nas ruas, nos bares e nos clubes com adolescentes consumindo bebida alcoólica, quando o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) em seu  artigo 81, dispõe que é proibida a venda de bebidas alcoólicas e, de produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica, ainda que por utilização indevida, à criança e ao adolescente. O artigo 243 do ECA tipifica como criminosa essa conduta.

Um outro problema é a falta de apoio da comunidade, pois muitas pessoas estão vendo o fato errado acontecer, mas não fazem a denúncia, ora por medo, ora por omissão mesmo, porque o prejudicado é o “filho do vizinho”, aquela velha história…

A verdade, é que a realidade local é esta: a fiscalização é falha, os pais (alguns, não se preocupam) e, os comerciantes talvez não sejam todos, vendem mesmo, as vezes, até por falta de informação, pois não conhecem os riscos que estão correndo ao serem pegos vendendo para os menores.

A ação do Conselho Tutelar visando coibir a presença de menores em eventos festivos na cidade e no perímetro litorâneo é um começo. Mas para surtir os efeitos desejados é preciso o apoio da comunidade. Pois todos sabem que no caminho do jovem que começa ingerindo álcool à velocidade da luz chegam as drogas e a prostituição. Fatores que juntos, com certeza, contribuem para o aumento da violência. (O Editor).