A morte do ex-vereador e professor aposentado do município de Areia Branca, José Jaime Rolim (foto), continua repercutindo. O ilustre filho da terra era admirado pela inteligência e pelo que acumulou de conhecimentos ao longo da sua trajetória como político, educador e homem das letras.

O Blog acaba de receber um e-mail enviado por Marcelo Mendonça, areia-branquense que atua fora das quatro linhas do torrão pátrio, mas não perde a sintonia com a cidade, onde residem familiares.

O texto é rico em conteúdo, constituindo mais uma homenagem ao saudoso José Jaime. Leiam.

Prezado Luciano,

Antecipadamente, peço desculpas por ter tomado a liberdade de enviar este e-mail. Sou Marcelo, filho de Manoel de Marina, que era um carpinteiro naval bastante conhecido em Areia Branca. Escrevo em conseqüência de ter sabido da morte do professor José Jaime Rolim.

Eu estive conversando com ele este ano, quando participei do programa Nova Era, da Rádio FM Costa Branca, apresentado pelo Dr. Rogério Edmundo aos domingos. Depois, pesquisando, descobri que o professor, além de um currículo invejável, representava muito mais para a história e para a cultura popular da cidade do que eu já tinha ouvido falar. Por isso, ao saber do seu falecimento, não pude deixar de fazer algumas considerações, que agora gostaria de expressar como forma de homenagem. Eis o que desejo destacar.

Um fato a ser considerado com a morte do ilustríssimo professor José Jaime Rolim é que se vai consigo uma vastidão da história de Areia Branca que ele não pôde registrar em livros ou em outros meios modernos de transmissão da cultura e do conhecimento. Vai-se também grande parte do que estava acontecendo e do que irá acontecer por essas terras que não poderá mais ser narrado com o seu estilo.

Como são poucos os areia-branquenses que se interessam e preocupam-se em estudar, pesquisar e transmitir a história, a arte e a cultura popular do município, muitos contos, lendas, narrativas e enredos de Areia Branca, que se foram com ele, dificilmente serão resgatados. E quando os poucos conterrâneos que ainda têm esse interesse também se forem, o que é inevitável, a continuidade do registro histórico-cultural e de todos os valores das Tradições Areia-Branquenses estará seriamente comprometida.

Por tudo isso, a morte do professor José Jaime faz “A Terra Salgada das Areias Brancas” se entristecer, chorar, e sentir que agora está menor... bem menor.

Um abraço.

Marcelo.