quinta-feira, 29 de julho de 2010

Opinião: Conselho da AUA quebra o silêncio sobre impasse associação e universitários

THOMAS MAGNUM COORDENADOR O Blog recebeu da direção da Associação Universitária Areia-branquense (AUA) uma correspondência na qual apresenta seu ponto de vista, em relação ao impasse que há anos perdura entre a entidade, a classe universitária e os agregados. O envio do texto foi uma sugestão do Editor do Blog, que entende que somente eles, os dirigentes, conhecem a raiz do problema e o que consideram mais viável para uma solução.

Thomaz Magnum é Coordenador do Conselho de Gerência da AUA

Abaixo, segue o texto na íntegra, da maneira como foi concebido pelos conselheiros da associação. Leiam e fica aberto o espaço para acolher opiniões e comentários dos webleitores, a respeito do exposto.

Senhores da Comunicação...

A AUA (Associação Universitária Areia-branquense) vem através desta nota, mostrar aos interessados pelo assunto a situação ao qual a associação se encontra hoje e indiretamente até mesmo esclarecer boatos, críticas, insinuações.

Não é de hoje que a AUA passa por momentos difíceis para resolver um problema que parece não ter fim: a superlotação dos transportes universitários. Como é de conhecimento de todos a superlotação se dá ao excesso de contingente - universitários e agregados.

A cada vestibular surgem muitos aprovados nas universidades, e isso é muito positivo, tendo em vista a oportunidade do jovem cursar seu ensino superior para promoção de sua vida pessoal e profissional, porém, são muitos que ingressam e os que estão cursando não saem em número paritário, ou seja, ingressam muitos e aos poucos os demais vão concluindo seus cursos.

Há muitos anos esse problema foi contornado com filas de espera, remanejamento, até com o “jeitinho brasileiro”, mas hoje não da mais para usar a flexibilidade. Existem muitos cursistas de diversos cursos: técnicos, pré-vestibulares e cursos rápidos, de tempo curto. Isso já ocorre há muitos anos, não é de hoje, o “problema” cresceu ao ponto de recorrermos a outros meios para resolvermos.

Desde o ano passado, AUA já vinha discutindo a possibilidade contratar um novo ônibus, por que já se previa uma superlotação. No final de 2009, para ser exato no dia 25 de setembro, a associação foi convocada pelo ministério público para dar explicações, devido uma denúncia contra associação de uma universitária, e isso praticamente determinou o fato.

Na nossa conversa com o senhor Promotor Leonardo Dantas Nagashima, o mesmo mencionou (em linhas gerais) que a prefeitura não tinha obrigação com o ensino superior, mas já que o prefeito estava se dispondo a contribuir ele não iria interferir. Dissemos que o prefeito já havia falado que não tinha condições de arcar com outro transporte, pois os gastos já estavam altos e que a associação para resolver o problema teria que conversar com os universitários e chegar a um denominador comum.

O senhor promotor, disse que teria que haver uma solução, pois o “direito de um é direito de todos”, e que tinha que haver uma solução para resolver o impasse. Em resumo, dissemos ao senhor promotor que dávamos para irmos até fevereiro do ano seguinte com os quatro ônibus a noite, e após fevereiro iríamos contratar outro.

Quando entramos no mês de março (2010) já vimos que não havia condições e teríamos que contratar mais um transporte, não sendo uma opção e sim uma necessidade. A AUA logo fez uma assembléia geral e conversou com os universitários e contratou 01 (um) ônibus a noite e mais 01 (um) Micro-ônibus a tarde (uma reivindicação antiga dos alunos da UERN, UFERSA e CEFET). O valor dos transportes contratados no total ficou a 10.922,50 (dez mil, novecentos e vinte e dois reais), sendo o valor rateado por todos associados e agregados. Muito foi discutido, principalmente o valor da Contribuição do Associado.

Em assembléia geral ficou decidido que o valor seria de R$ 30,00 reais, valor que daria para honrar os compromissos da AUA, e a criação de procedimentos para aqueles que proclamam não pagar a contribuição de maneira alguma (procedimento que afirmam que a associação que criou), pois a Prefeitura teria condições de colocar outro transporte.

No primeiro mês de contratação pagamos os transportes normalmente, no segundo mês já vimos um furo contábil: um débito de R$ 1.500,00 (Mil e quinhentos reais), isso por que alguns alunos faziam campanha para não pagarem e ainda por cima alguns chacoteavam os que pagavam. A AUA logo percebeu que não dava para administrar deste modo, pois no mês seguinte o débito iria aumentar.

Prevendo prejuízo maior, comunicamos de imediato que se não houvesse pagamento suficiente iríamos entregar os dois ônibus, e assim fizemos: primeiro o micro-ônibus, vimos que mesmo assim não conseguiríamos administrar e em seguida entregamos o ônibus. Resultado: muita confusão, alunos discutindo nos ônibus por causa de cadeiras e rixas de alunos de instituição A, B e C, “batendo boca", e claro, os que dizem que não pagam por que não querem ficaram calados vendo o caos acontecer.

No dia 10, tivemos uma assembléia geral com a participação do Senhor Prefeito Manoel Cunha Neto, onde apresentou a falta de condições da prefeitura de contratar outro transporte, pois o compromisso anual com a associação chega a quase R$500.000,00 (quinhentos mil reais), sendo esse gasto maior do que os transportes utilizados pelo município para atender os demais alunos que aqui estudam. Todos os presentes na assembléia praticamente não questionaram o prefeito, fizeram umas três perguntas, mas não houve nenhuma insistência, aparentemente os associados entenderam a posição do prefeito, pelo menos na frente dele.

A AUA hoje ainda se encontra em débito com o valor de R$ 1.672,50 (Hum mil, seiscentos e setenta e dois reais e cinqüenta centavos), a inadimplência está altíssima e AUA está muito preocupada, pois já nesse mês de agosto terá que contratar o ônibus novamente, porque não saberemos se o ônibus comportará todos os alunos, mas somente contratará se houver um acordo e colaboração. A AUA e nem os proprietários dos transportes não irão se responsabilizar por ônibus extremamente lotados, em último caso os ônibus não irão.

A AUA sente muito ao perceber que muitos associados e agregados vêem a associação como “inimigos”, achando que estamos privilegiando determinadas instituições, quando na verdade estamos procurando meios para resolver os problemas de forma que todos saiam satisfeitos. No último levantamento, final de Maio/2010, contabilizamos 448 universitários/agregados no geral, é muito difícil trabalhar com tanta gente, cada um pensando de um jeito.

A Associação pede a todos que colaborem e que façam a diferença para resolvermos os problemas, se sintam parte do corpo, não tenham a associação como “inimigos”, pois os próprios conselheiros são voluntários e já fazem o que podem para ajudar. Pensem... com a AUA já está difícil imaginem sem ela?

Neste sábado, dia 31, as 16h, na Escola Profª. Geralda Cruz haverá Assembléia Geral e AUA apresentará novas propostas aos associados referente à Contribuição do Associado. Em relação às propostas sugeridas pelos associados na última assembléia será levada em consideração, porém, os idealizadores terão que criar projetos, e apresentar em assembléia geral, como foi na última alteração do estatuto. Assim que todas as instituições estiverem em período letivo, sem que alguma esteja de férias, a AUA se compromete em convocar uma Assembléia Geral onde aprimoraremos/reformularemos o estatuto, tudo indica já em setembro.

O próximo passo da AUA é nessa assembléia geral conseguir junto aos associados uma posição clara, que todos possam concordar. Assim que decidido, a AUA irá fazer na semana seguinte a visita aos ônibus para novo levantamento e a aplicação de boleto bancário para pagamento, uma das propostas da AUA para votação sugerida pelos próprios universitários.

A AUA agrade a atenção de todos.

Conselho de Gerência

Coordenador: Thomas Magnum

Vice-Coordenador(a): Clotildes Alencar.

1º. Secretário: Luan Josino.

2º. Secretário: Dácio Alexsandro.

3º. Secretário: Emanuel Nogueira.

1º. Tesoureiro: Jailton de Sousa.

2º. Tesoureiro: Márcia Marfisa.

Um comentário:

  1. Caro Luciano,
    Escrevi e publiquei uma crônica a respeito deste assunto e aproveitei pra fazer uma homenagem ao meu irmão falecido em 1999, Sebastião Caetano (Tião), que foi universitário, no blog “ gaviaoimperial.blogspot.com “. Segue abaixo na íntegra. Espero que goste.
    ÔNIBUS PARA OS ESTUDANTES. BOM ERA ANTIGAMENTE.

    Lembro bem como era antes. Um ônibus e dava pra todos os universitários de Areia Branca ir a Mossoró assistir suas aulas da faculdade. Lembro por causa do meu irmão mais velho, Tião, pois eu mesmo nunca fiz o curso superior (fui servir a pátria e esqueci de mim).
    Estrada de terra batida, uma dificuldade danada, mas a vontade de se formar era tanta que nada incomodava os bravos estudantes da época, que hoje estão aí como médicos, advogados, etc.
    A situação dos de hoje é bem diferente e ao mesmo tempo se assemelha. Enquanto os de outrora não tinham estrada asfaltada, melhores escolas, internet e outras coisas mais do mundo globalizado, os de hoje têm. E tem ônibus, vários ônibus. Então onde está o problema?
    O problema são os cursistas e bolsistas; quer dizer, estudantes também, que segundo os universitários ocupam os lugares nos ônibus que por “direito” são deles.
    Os universitários têm uma associação, a AUA (Associação Universitária Areiabranquense), não tenho conhecimento de causa, mas se os ônibus são cedidos aos estudantes, todos que comprovadamente estudam em Mossoró devem ter o mesmo direito de ocupá-los. Agora, se são cedidos à AUA e não aos estudantes em geral, que se formem então novas associações, por exemplo: a dos bolsistas (ABA) e a dos cursistas (ACA) e reivindiquem seus direitos junto ao poder público municipal. Diga-se de passagem, com nossas ruas estreitas, onde iria caber tanto ônibus no mesmo horário? Hoje em dia já fica um verdadeiro caos no centro da cidade quando os tais ônibus vão pegar os alunos nas paradas. Por outro lado, se não houver mais ônibus para serem alugados seria bom pensar desde já, na idéia de alugar as balsas da travessia Areia Branca-Grossos e outros ônibus que possam ficar do outro lado do Rio Ivipanim para poder transportá-los com mais tranqüilidade.
    Em ultimo caso, podemos esperar a tão falada ponte sair do papel e da boca dos políticos virar realidade logo. Senão, lá por volta do ano 2025 ou mais, iremos encontrar a AUA, a ABA e a ACA, se enfrentando ferozmente nos gabinetes, em audiências e reuniões pra ver quem consegue mais ônibus da prefeitura. E lá de cima meu mano Tião, com certeza irá dizer: - Bom era no meu tempo! Balançava, atolava, “dava prego”, mas era gostoso!

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Jornalista do jornal O Mossoroense, redator do noticiário matinal “Costa Branca em Notícias”, da Rádio Costa Branca – FM 104,3 de Areia Branca (RN), onde aos domingos apresenta o programa de variedades “Domingão da 104”

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